A Influência de Fatores Genéticos na Patogênese da Doença Periodontal
GAMA, C. S; FISCHER, R. G; FIGUEREDO, C. M. S. A influência de Fatores Genéticos na Patogênese da Doença Periodontal. Instituto de Odontologia da PUC-RJ, Rio de Janeiro.
“A doença periodontal pode ser considerada como uma das diferentes doenças que para certos indivíduos é relativamente de alto risco (Johnson et al., 1988). Em grupos de pacientes de alto risco, fatores do hospedeiro apresentam um importante papel na susceptibilidade à doença periodontal, e esse risco pode ser designado pôr fatores genéticos.” (p.2)
“Estudos epidemiológicos e moleculares da flora microbiana oral sugerem que fatores microbianos são necessários para causar a doença, porém esses fatores apenas não são os responsáveis pela presença e severidade da doença periodontal. Nos últimos anos, elementos da susceptibilidade do hospedeiro, como a resposta imune ou doenças sistêmicas, e fatores ambientais não microbianos como o fumo, tem demonstrado serem importantes contribuidores para o desenvolvimento da doença periodontal” (p.2)
“Evidências para a susceptibilidade genética à doença periodontal resultam de múltiplas origens, incluindo a agregação familiar, estudos genéticos formais para a periodontite agressiva, a associação da periodontite com certas doenças hereditárias mendelianas, e estudos da periodontite crônica em gêmeos.” (p.3)
“Várias características da resposta imune tem sido associada com formas clínicas da periodontite, e para alguns desses fatores a determinação genética é conhecida. Entretanto, isto é diferente do polimorfismo genético onde todos os determinantes genéticos comunicam diferentes susceptibilidades para a doença periodontal, onde múltiplos genes poderão ser considerados de grande importância e o conhecimento desses genes pode permitir a determinação da susceptibilidade individual.” (p.3)
“Os elevados níveis de IgG2 relatados na periodontite agressiva localizada são condições apresentadas como fundamentais na diferença da resposta dos leucócitos. Especificamente, as células B para esses pacientes apresentam predisposição para produzir altos níveis de IgG2, mas essa resposta parece estar diferenciada, em grande parte pêlos monócitos (Zhang et al., 1996).” (p.4)
“As interleucinas são mediadores chaves da inflamação e também modulam componentes da matriz extracelular e componentes ósseos que compreendem os tecidos periodontais (...) Vários polimorfismos genéticos foram descritos no grupo dos genes da IL-1 (2q13-q21), e uma significante associação tem sido relatada em estudos controle entre os polimorfismos genéticos e o aumento da severidade da doença inflamatória.” (p.4-5)
“Os componentes hereditários que fortalecem os riscos para as periodontites provém da constante associação com certas características monogênicas, assim como estudos genéticos clássicos em gêmeos com periodontite agressiva. Isto é importante, pois nem todas as predisposições genéticas à periodontite envolvem defeitos no sistema imune.” (p.6)
“O PSTR – teste de susceptibilidade genética para a doença periodontal – baseia sua propaganda no fato de agora ser possível identificar pacientes com alto risco para as doença periodontais. Porém, o propósito do PSTR está limitado, pois apenas 30% dos pacientes com doença periodontal apresentam PSTR positivo. Mas, o restante dos pacientes podem, ainda, desenvolver a doença periodontal severa, e justamente aqueles que apresentam PSTR positivo podem permanecer sem doença pôr toda a vida.” (p.6)
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