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3 de junho de 2011

3ª questão da Gincana - 4º FICHAMENTO

Biologia molecular da doença de Alzheimer: uma luz no fim do túnel?

ALMEIDA, O. P. Biologia molecular da doença de Alzheimer: uma luz no fim do túnel? Rev Ass Med Brasil, v.43, n.1, p:77-81, 1997.

“As características básicas da DA foram descritas, no início deste século, por Alois Alzheimer6, que relatou o caso de uma senhora de 51 anos de idade que foi trazida à atenção médica devido a um quadro de delírio de ciúmes em relação a seu marido. Nos mesesque se seguiram, sua memória deteriorou rapidamente e ela passou a apresentar parafasias, apraxia e desorientação espacial. A paciente faleceu quatro anos e meio após o início dos sintomas. O exame anatomopatológico revelou um cérebro claramente atrofiado e, microscopicamente, a presença de fusos neurofibrilares, placas senis e perda neuronal.” (p.77)

“A presença de fusos neurofibrilares é considerada fundamental para o desenvolvimento da DA, e sua concentração e distribuição têm sido consistentemente correlacionadas com a gravidade da demência12. Sabe-se, hoje, que os fusos neurofibrilares são predominantemente formados por acumulações de pares de filamentos espiralados (PHF), e que a proteína associada a microtúbulos — tau — é um de seus componentes fundamentais13. A tau é uma proteína que promove a polimerização de tubulina in vitro eagregação de microtúbulos in vivo14.” (p.77)

“(...) o processo que leva à fosforilação anor-mal da  tau permanece desconhecido, apesar de
existirem indícios sugerindo que a deposição deß-amilóide pode ser o evento inicial em pelo menos alguns casos19.” (p.77-78)

“O ß-amilóide encontrado nas placas é derivado de uma proteína transmembranal muito maior conhecida como “proteína precursora de amilóide” (PPA).” (p.78)

“O gene responsável pela produção da PPA foi localizado, recentemente, no braço longo do cromossomo 2124,25. (...) pacientes portadores da trissomia do cromossomo 21 (síndrome de Down) desenvolvem quadro demencial e patologia cerebral semelhante àquela observada entre pacientes com DA27, estimulou as pesquisas na busca de um possível gene para a DA nesse cromossomo.” (p.78)

“(...) a ApoE4 poderia agir por meio de dois mecanismos patogenéticos distintos: 1) alterando o balanço entre deposição e depuração de ß-amilóide em favor de um aumento na formação de placas senis e amilóide vascular54,55; e 2) afetando a taxa de fosforilação da  tau em favor de formação de fusos neurofibrilares56.” (p.79)

“Seja qual for o mecanismo pelo qual a presença de ε4 leva ao desenvolvimento da DA, ao menos um ponto já está claramente estabelecido: o genótipo  ε4 está associado à DA e, portanto, indivíduos portadores desse genótipo apresentam risco aumentado de desenvolvimento da doença (1 ou 2 alelos ε4 aumentam o risco para DA em 2,7 e 9,3 vezes, respectivamente58)”. (p.79)

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