Polimorfismo genético associado à doença periodontal na população brasileira: revisão de literatura
HOÇOYA, L. S; JARDINI, M. A. N. Polimorfismo genético associado à doença periodontal na população brasileira: revisão de literatura. Rev Odontol UNESP, v.39, n.5, p.305-310, Araraquara, set/out., 2010.
“A doença periodontal destrutiva atinge uma percentagem considerável de indivíduos em várias populações, sendo a forma crônica da doença a mais prevalente. Como se sabe, por ser multifatorial, só a presença dos microrganismos não é sufciente para desenvolver o problema. Fatores de risco e ambientais somados à resposta do hospedeiro estão diretamente ligados à susceptibilidade individual e ao desenvolvimento da doença2. ” (p.306)
“Alguns estudos têm mostrado que a distribuição da doença não é semelhante se forem comparados países desenvolvidos e em desenvolvimento, assim como as populações urbanas e as isoladas. Dentre as variáveis associadas a um maior ou menor risco para a periodontite, destacam-se: fumo, idade, nível socioeconômico, raça, gênero, nível de instrução, frequência de atendimento odontológico, dentre outras” (p.306)
“O polimorfsmo genético é a variação genética na sequência de alelos, na sequência de bases nucleotídicas ou na estrutura cromossômica, que ocorre com uma frequência maior que 1% na população7.” (p.306)
“A presença de um polimorfsmo pode implicar em mudança no código genético, que é a relação entre a sequência de ácido desoxirribonucleico (DNA) e a sequência da proteína correspondente, levando a alterações no genótipo (sequência de bases), afetando ou não o fenótipo, que determinará a função proteica9.” (p.306)
“Polimorfsmos nos genes da IL-1 estão entre os mais estudados na população brasileira. Esta é uma citocina pró-infamatória que está envolvida no início e na progressão da destruição do tecido conjuntivo e ósseo12. Potente estimulador de reabsorção óssea, da produção de proteases e da síntese de ácido araquidônico, substâncias estas diretamente relacionadas à periodontite13,14.” (p.306).
“Os polimorfsmos têm suas frequências e distribuições variando consideravelmente conforme diferenças raciais39 e têm sido usados como marcadores genéticos para localizar os genes causadores das doenças por meio dos estudos das heranças8.” (p.308)
“Ressalte-se ainda que a microfora patogênica deverá ser incluída nos estudos de polimorfsmo genético-doença periodontal, já que a presença dos microrganismos é essencial para o início e a progressão da doença8,30.” (p.308)
“Segundo Nevins, Nevins43, a presença de um polimorfsmo genético não deve ser considerada como diagnóstico para a doença periodontal. Ele deve atuar como indicador de prognóstico, auxiliando o profssional a optar pela melhor conduta de tratamento, uma vez que a escolha da terapia é baseada não só na destruição periodontal que o paciente apresenta, mas também no seu risco de desenvolver problemas periodontais mais severos.” (p.308)
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